sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Encontro-me aqui.
Queria ter alguma frase de alguem famoso pela sua inteligência para colocar aqui para mostrar que eu sou uma pessoa culta... Mas pra quem vou mostrar isso? E pra que? Não é que alguem entra aqui mesmo..
Quando criei esse blog, tinha vontade de escrever, uma vontade que estava fazendo com que minha insônia pulasse e gritasse todas as noites, mas como sempre, deixei para depois... Acho que já perdi muitas idéias boas e inteligentes que passaram por horas e horas, até filosofias de vida, coisas que diria para outras pessoas, discursos e decisões muito importantes em horas conflituosas e agoniantes querendo finalmente dormir. Como me sinto burra por ter perdido todas aquelas idéias revolucionárias pelo sono. Poderia simplismente ter pego um caderno, ou gravado meus pensamentos em um gravador, ou ja vir diretamente para o blog e desabafar.
Mas como tudo em minha vida, deixei para depois... e o que aconteceu? A idéia, a filosofia, a revolução foi perdida e esquecida no eterno mundo profundo dos pensamentos.
Isso aconteceu essa semana, estáva eu lá em minha cama em mais um momento de insônia, onde meu coração estáva batendo forte e os pensamentos a mil como se fosse uma corrida de Formula 1, estáva tentando manter o foco em um pensamento e em menos de um segundo outro ja passou correndo e outro outro um atropelando o outro sem medo e sem consequencia.
Foi neste momento que lembrei da grande incógnita da minha vida ultimamente.. o que fazer da vida?? Estou à poucos meses de me formar, desempregada, sem saber se esses ultimos quatro anos da minha vida foram um total desperdício de dinheiro.. ou seria o que minha mãe diria.
Como saber aos 17 anos o que você quer e vai fazer do resto da sua vida? Como saber se o que você deseja, acredita e pensa vão ser iguais quando você se formar?
Não tem como saber, e três anos e muitos meses depois, eu ainda não sei. Eu realmente não sei.
É muito agoniante não saber, como você pode não ter idéia, visão do que sua vida será em quatro meses?? É horrivel ter um papel branco (no meu caso preto) na frente dos olhos quando você pensa em o que estará fazendo em quatro meses. Gente, quatro meses não é nada! Quando eu comecei a faculdade eu tinha uma perfeita visão de como seriam os meus quatro anos seguintes, e naquela epoca ainda tinha planos para os anos seguintes da faculdade.
Mas como uma vez meu querido ex-chefe me disse "A vida real não é fantasia, a faculdade é uma fantasia um mundinho irreal, você tem que acordar pra vida menina, o mundo real é muito diferente".
Acho que para qualquer pessoa que está na faculdade, com os hormonios à flor da pele, fanasiando sobre sua profissão, sobre as coisas boas que ela pode trazer... com toda aquela idealização que eu tinha para com a minha escolha de profissão de vida... aquilo me chocou.
Acho que aquelas palavras me tormentam até hoje.
O que fazer se aquilo que você tem estudado por quase quatro anos não passa de uma mera ilusão?? O que fazer da vida se ela não passa de uma fantasia irreal??
O que fazer se a utopia é um lugar feliz que não existe??
Enfim, o que eu queria dizer.. é que minha grande idéia essa semana foi de fazer um novo blog assim que me formar: "Confissões de uma recêm formada - e agora?."
Meio clichê eu sei... mas na hora parecia uma idéia totalmente original e genial... vou criar o blog, e mantê-lo existente, à espera que minhas idéias mirabolantes e super inteligentes daquela noite de insônia voltem, e eu tenha a inteligência suficiente de anota-las para não perde-las novamente..
É isso, falei para o vazio... e foi tão bom, é bom desabafar para o nada.
Quem sabe eu volto para mais algum devaneio noturno.

Beijos pra quem é de beijos, abraços pra quem é de abraços.

domingo, 6 de julho de 2008

o dia seguinte do último dia da minha vida

Dizem que, depois da morte, todo mundo é igual: nos tornamos meros pedaços de carne prestes a serem decompostos (lógico, sempre tem quem seja cremado, empalhado, ou coisas assim. Mas a intenção real é ressaltar que: depois que morreu, é tudo a mesma merda).

Na morte, não levamos nada conosco: toda nossa riqueza acumulada com muito trabalho (ou não) durante sua breve passagem terrena, todas as pessoas que você tanto amou, todas as conquistas e vitórias...tudo isso fica aqui na Terra, enquanto você descansa eternamente enclausurado em um belo caixão.
(nota: não quero entrar no mérito de que você vá reencarnar, ou vai assistir tudo "lá de cima" (ou lá de baixo, vai saber? Pode ter atrasado o dízimo bem na semana que foi bater as botas.) ou ter contatos espirituais com mortais. Isso aqui é um desabafo, e não um conflito religioso.)

Então, se não podemos levar conosco todas as nossas riquezas, pessoas queridas e conquistas, o que levamos dessa vida?
Ora, tudo aquilo que está dentro de nós (não estou falando dos nossos órgãos, Einstein. Além do mais, sou a favor da doação de órgãos =] ), ou seja, nossos segredos, confissões, conclusões, tudo aquilo que a gente tem dentro de nós, mas que nunca externamos ao mundo por diversos motivos (evitar constrangimentos, frustrações, decepções, atritos, sofrimento, etc).

Até aí, tudo bem: não somos obrigados a sermos sempre sinceros todos os dias de nossas vidas. Mas há um problema: e quando deixamos de externar tais coisas por simplesmente achar que haverá sempre um amanhã?
A solução? Tome cuidado. Sempre haverá um amanhã...
...mas pra você talvez não.

O problema é contar tais coisas enquanto está vivo, pois, apesar do dia seguinte nem sempre existir para algum de nós, na maioria dos casos ele existe! E existirá com ele o fardo de ter revelado um segredo íntimo.
Mas isso não é culpa nossa. Desde os primórdios o mundo nos ensinou a ocultar a verdade, e ainda hoje somos obrigados nossas verdadeiras intenções em sorrisos amarelos e desejos de "bom dia".
Por que então esses segredos individuais não são expostos automaticamente no momento em que vamos dessa para melhor??? Ao morrermos, sai de dentro de nossas almas (???) uma espécie de pergaminho, com tudo aquilo que gostaríamos de compartilhar com nossos futuros companheiros de descanso eterno, que ainda estão nesse curtíssimo estágio existente entre o infinito passado e o eterno futuro, ao qual damos o nome de Vida.
Seria uma invenção brilhante! Seu coração parou de bater e...BOOM!!! Todas as suas verdades são reveladas ao mundo.

Eu gostaria disso...
Não que eu não tenha coragem de contar certas coisas, mas porque eu aprendi com a vida que, às vezes, é melhor poupar um sofrimento desnecessário.
Por exemplo, eu gostaria muito de contar aos meus pais sobre o meu primeiro porre, minha primeira transa e sobre todas as merdas que um muleque sub-urbano do 3º mundo numa cidade grande está apto a fazer: maconha, sexo com desconhecidas, confusão, ilegalidade, PTs e todas as outras coisas boas da vida (sorriso irônico em meu rosto). Mas sei que isso iria magoá-los, e é algo que eles não precisam saber para me conhecer melhor e, em algum casos, eles preferem até nem saber.

Talvez isso não mudasse em nada o sentimento dele para comigo.
Talvez isso faria tudo mudar.
Mas eu prefiro muito mais uma verdade inconveniente do que o conforto da omissão.

Espero que, no dia seguinte de minha morte, cada um saiba um pouco mais de um Thiago Salomão que só eu conheço.
E aproveitando o assunto (caso o amanhã não amanheça para mim)...



eu ainda fantasio como seria se tivéssemos escolhido ficarmos juntos o resto da vida, e apesar de tudo ser mera imaginação, só uma coisa eu tenho certeza: nossos filhos seriam lindos.
eu realmente acertei o pulo.
Forever and ever...

ps: guess what??

lalala


quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Estética

“Tenho várias caras.Uma é quase bonita,outra é quase feia.Sou um o quê?Um quase tudo".(Clarice Lispector)

Quantas caras tem esse cubo? Se penso pelo lado técnico, um cubo tem seis caras, seis faces.
Mas.. e cada dadinho?
Essa colagem, de Nelson Leirner, se chama "Múltiplos ao cubo" e pode dizer muito à respeito das pessoas. De mim por exemplo.
Esse cubo contêm 216 peças, cada uma com seis lados diferentes, seis lados de uma mesma peça. Pode parecer meio redundante mas é só para enfatizar o que quero dizer.
Nunca conheci alguem que fosse igual em todos os momentos da vida, algumas podem ter diferenças imperceptíveis talvez, uma mudançazinha da personalidade quando está bravo ou triste. Um favoritismo para certas pessoas, e um desgosto para outras que as vezes se percebe com um só olhar. Mas as experiências mais extraordinarias que ja tive a oportunidade de presenciar foram com aquelas pessoas que em minutos, ou segundos podem virar alguem completamente diferentes. De feliz pra triste e de carinhosa pra grosseira em uma questão de segundos.
Falei falei e não disse nada.
No fim só escrevi aqui porque algo tinha que ser escrito. Sempre quis ter um blog odne eu pudesse escrever aquilo que está na minha cabeça sem ter que me rpeocupar com o que os outros estão pensando. Até tive por alguns anos da minha pré-adolescencia, mas como crianças (é.. crianças) costumam ser muito maldosas, meus pensamentos meio excêntricos e/ou viajados foram meio que rejeitados pelo resto da turma em relatos grotescos e rudes naquela parte que chamamos de "Comentários dos leitores".
É sempre bom ter um lugarzinho para desabafar, quem quer ler que leia, internet está aqui pra isso, não existe privacidade.
Enfim, eu estou aqui para expor minhas milhões de caras e faces e lados e versos. Vou me dobrar e desdobrar, confundir e intrigar, afinal, estou aqui pra isso. Sou um quase tudo.
Proximo Post:
As varias faces da beleza
http://www.youtube.com/watch?v=L_aDpmfAzxI